Steve Jobs uma vez afirmou que quem domina o assunto não precisa de uma apresentação. Mas ele mesmo sempre utilizou apresentações em todos os seus eventos. Hipocrisia? Jamais. Ele estava certo? Não, mas também não estava errado. Confuso? Não mesmo, permita-me aprofundar.
Considere a apresentação como o momento onde você precisa comunicar uma mensagem a um grupo de pessoas (a audiência). O primeiro passo é identificar o objetivo da apresentação para, depois, traçar o caminho até ele através da seleção de informações que são realmente importantes para o momento. E isso inclui analisar as informações.
Você irá falar do mercado onde sua empresa está e das características que ele apresentou no decorrer do ano passado? Certamente um gráfico ajudará a expressar visualmente essa comparação cronológica e quantitativa ao longo do período. Portanto, aqui vai um slide.
Quer agradecer a presença de todos em sua apresentação? Por favor, pare de fazer slides com “obrigado” (e já escrevemos sobre isso, leia mais aqui) e faça o agradecimento pessoalmente – portanto, no donuts slides for you.
Conclusão? Você só saberá se precisará de slides a partir do momento que analisar a informação para entender se ela exige um recurso visual para expressar significativamente a mensagem que precisa comunicar.
Simples assim.
E quando entra o storytelling?
Depois de você analisar as mensagens de sua apresentação e alinhar com a análise do momento em que fará a apresentação e o perfil de pessoas que compõem sua audiência – isso significa entender realmente o que as pessoas querem receber de informação.
A diretoria quer saber do retorno de comunicação no semestre passado? Evite devaneios e apresente os números de forma clara e direta – ninguém quer historinhas lúdicas e cheias de inspiração na Pixar neste momento.
Mas e se você precisa encantar uma audiência durante uma palestra em um evento importante onde você está apresentando a empresa onde trabalha? Certamente vale tornar o conteúdo mais lúdico (storytelling) – entreter, encantar e despertar desejo e curiosidade das pessoas.
Portanto, antes da ansiedade tomar conta do racional, pare e reflita sobre os pontos que levantamos aqui: qual o objetivo, quais mensagens precisam ser transmitidas, quais informações precisam de suporte visual e qual o estilo de comunicação que devo utilizar.
Não prometemos segredos ou fórmulas mágicas, mas certamente garantimos que o planejamento continua sendo a base de tudo, principalmente de seu conforto e segurança antes, durante e depois de uma apresentação.
Quem domina o assunto tem o poder de decidir como será sua apresentação – e o “como” faz toda a diferença.
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